Reflexões post-cyberpandemiapunk

Em pouco tempo, tudo mudou. Ruas ficaram vazias, enquanto hospitais estavam lotados. Escritórios e salas de aula deram lugar a videoconferências. O meio científico tornou-se palco de polarização política. Medicações e vacinas agora dependem da narrativa escolhida. Gastos desenfreados por parte de governos, choque de oferta e um conflito bélico na Ucrânia causaram um movimento inflacionário global. Caos.

Por um momento, durante toda essa turbulência de lidar com a rotina em meio a uma doença desconhecida, você se pegou pensando que vivemos o que talvez tenha sido o momento mais cyberpunk de nossa história? Pois é, governos usando sua autoridade para restringir liberdades, corporações do ramo farmacêutico que não apenas aumentaram seus lucros com a pandemia, mas também usaram a população como cobaias sem quase precisar lidar com as consequências disso. A tecnologia buscando sua própria maneira de atender às necessidades da situação: nunca estivemos tão conectados a ela e ao mundo digital, fosse para pedir comida, acessar serviços que não estavam mais disponíveis presencialmente, ou apenas alienando o cidadão bombardeado por marketing digital e dancinhas mal elaboradas. A desigualdade social disparou com as dificuldades econômicas causadas ou agravadas pela pandemia.

Foi esse ambiente distópico que atravessamos nos últimos anos. Mas agora é hora de resetar a máquina e começar novamente.

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